Raridade Gastronómica da Ericeira
Finalmente a receita. Tem tanto de curiosa como de perigosa.
Quem arriscava numa coisa assim?
Nota: A caneja, também designada por "pata roxa" ou "pinta roxa", é um peixe com o qual se confecciona na Ericeira um petisco único no país e não aconselhável a palatos sensíveis, constituindo assim uma raridade gastronómica. A dimensão ideal da caneja ronda os 60 cm.
Tira-se a pele da caneja, corta-se em postas presas ou ligadas pelas barrigas ou ventrejas, lavando-se (de preferência com água do mar limpa), salpicando-se com um pouco de sal, embrulhando-se numa serapilheira (com trapos brancos entalados nos cortes das postas) e colocando-se a curtir em sitio escuro e fresco durante cerca de 8 a 15 dias (de preferência entre Outubro e Março).
Coze-se em água com sal.
É acompanhada com batata cozida com pele, cortada ao meio e temperada com azeite.
É acompanhada com batata cozida com pele, cortada ao meio e temperada com azeite.
Quando bem curtido, o peixe apresenta reflexos de madrepérola.
O azeite torna-se branco em contacto com a caneja cozida e esta exala um acentuado travo amoniacal que provoca a oclusão das fossas nasais no céu da boca.
Acompanha-se com vinho tinto, o qual, por pior qualidade que tenha, fica com um sabor adocicado como se se tratasse de um vinho adamado.
7 comentários:
anaozinho JFC
sabendo eu agora que concorro com princesas de cerros para mim desconhecidos, me quedo tristonha.porque adoro exclusividade. enfim, coisas de mulheres de tez pálida como eu.
nao senhor, não gostei do que acrescentou às minhas palavras para o TOP - são minhas e não de toda a gente, por isso não entre por linhas direitas que quem manda no que eu digo sou eu. cuidado com a xibata.
quanto a caneja de javardice, ops, de infundice, fiquem com ela.bom proveito. mas vomitem longe da porta, seus ananitos petisqueiros.
a princesa ta com tpm, desculpem la o mau jeito.
vossa,
branca de neve
Cara branca de neve:
Partilho a opinião sobre a caneja, não me parece nada apelativa ao meu delicado palato.
Não me parece que comer coisas em inicio de putrefacção me faça bem á saúde, e eu já faço tantas que não ajudam, que se poder poupar algumas só me dá saúde.
Ia mais nuns “tordinhos” fritos em molho de bife com muito alho, que ajuda a circulação, ou numa coisa mais simples tipo uma farinheira assadinha com umas azeitonas e rábano.
Saudações
E se tentássemos alinhavar uma caneja...
Não se trata propriamente de meter o carro à frente dos bois porque não está no papo poder desde já garantir semelhante pitéu, porque, creiam-me, é realmente difícil encontrar. Até porque nós só estamos a chegar agora quando há gente na bicha de barba e cabeleira, isto é, há que tempos!
Mas prometo devotar-me a essa causa e fica prometido que, conseguindo mandar preparar, quando suceder, darei novidades, tá! A ver se conseguimos ter direito a semelhante pitéu.
Saudações petisqueiras...
Carissimos e Carissima.
Branca de Neva, tomarei em boa conta as suas emotivas solicitações. Jamais a compararei com princesas de cerro.
Quanto aos tordos podem ser para a sexta que se aproxima, amigalhaço VV.
A fila é extensa, disso sei. Também não nos queremos sobrepôr a ninguem grande amigo Rápotacho. Não vejo grande vontade nem muitas inscrições curiosas para tal "pitéu". Sei que és apreciador dessas coisas únicas no país e, no mundo. Somente ficou a receita para que conste que somos informados.
Saudações
ainda...
consultaram o link no fim da receita? Vale a pena, para quem gosta de preparar culinárias apuradas. Não falta nada, até mesmo a tal Caneja de Infundice lá consta.
Se alguém fizer um preparado desse site, é favor convidar apara a degustação.
até já.
Caríssimos,
Peço-vos ou melhor, rogo-vos, que não marquem as degustações petiscais exclusivamente à sexta, pois como sabem, é dia em que raramente cá me acho.
Sugiro uma jornada petiscal para terça ou quarta, em relvado a designar, em que poderámos ter como convidada de honra, a nossa Princesa Branca de Neve, até ver, a única presença feminina desta tertúlia.
Aguardo comentários.
Abraços
Onde se lê poderámos, leia-se poderíamos.
As minhas desculpas
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